sábado, 29 de janeiro de 2011

Sempre podemos reaprender

Uma grande amiga sofreu um acidente no final do ano, fraturando a perna e passando por uma cirurgia... resultado: um par de muletas e algumas sessões de fisioterapia pela frente.
Passado um mês, ela já abandonou umas das muletas e está se recuperando de forma esplêndida... e neste tempo todo umas das coisas que mais me marcaram foi uma fala dela: "Nossa como é difícil reaprender a andar..."
Com esta frase na cabeça, começei a me lembrar da época em que aprendi a andar de bicicleta, e após alguns tombos, joelhos ralados, finalmente consegui!! Ou da época em que fui aprender a dirigir... E por ai vai!!
Nosso corpo tem a imensa capacidade de aprender, e quando necessário reaprender! Mas na minha opinião não devemos esperar que um acidente nos obrigue a ter que passar por isso, podemos prestar atenção na nossa vida diária, usando-a para reaprendermos sobre o nosso corpo e sobre a nossa mente. Perceber padrões posturais, buscar solução para eles, se alongar, praticar um esporte, enfim qualquer coisa que nos tire um pouco da zona de conforto em que vivemos.
Na minha concepção um dos objetivos das técnicas que utilizo para trabalhar, é exatamente isso: se reconhecer, reaprender como o corpo funciona e redescobrir os potenciais que ele tem!
Perceber que o potencial está ali, sendo bem ou mal usado, mas sempre passivel de uma grande transformação! Vale a pena buscar isso, com certeza a sua vida será bem melhor!

domingo, 16 de janeiro de 2011

Terapia Craniosacral

Olás:

Ano novo vida nova!!! Começo agitado mas produtivo!!!
Segue uma matéria feita para um jornal mineiro!
Enjoy!!!


Toques sutis nos ossos da cabeça regulam pulsos vitais
Técnica terapêutica promove bem-estar geral e alívio de dores e enxaquecas
Publicado no Jornal OTEMPO em 16/01/2011

Especial para O TEMPOANA ELIZABETH DINIZ


FOTO: FOTOS ARQUIVO PESSOAL
A terapeuta Sophia Lanz durante uma sessão de craniossacral
Frederico Junqueira não sabia mais o que fazer para se livrar de uma labirintite crônica. "Eu tinha crises frequentes com tontura e muito zumbido nos ouvidos. Locais fechados e excesso de barulho eram mortais. Fui a diversos especialistas, mas não obtive melhora, até que meu dentista me indicou a terapia craniossacral", conta o comerciante de 45 anos.

A disciplina para não faltar às sessões foi fundamental no tratamento de Frederico, que, logo no início, começou a ficar mais confortável quando tinha que ir a lugares mais fechados e com multidões.

"Durante as sessões, comecei a ter mais consciência de alguns eventos traumáticos do passado e, como não havia como mudá-los, passei a encará-los de forma diferente. Hoje estou livre daquele zumbido insuportável nos ouvidos e já consigo ouvir música no rádio do carro", comenta Frederico.

A terapia craniossacral "é um procedimento complementar e integrativo", explica a fisioterapeuta Sophia Lanz, formada pelo Rolf Institute. "Através de toques sutis nos ossos do crânio e osso sacro, a terapia procura equilibrar o pulso do fluido cérebro-espinhal, regulando o sistema nervoso central e autônomo e melhorando os processos biológicos somáticos, cognitivos e afetivos", diz a terapeuta craniossacral formada pelo Milne Institute.

Ela ressalta que esse pulso, além de ser o mais profundo de todo o corpo, é a base do equilíbrio dos demais pulsos corporais - sistema nervoso, cardíaco, respiratório e linfático.

A base dessa terapia, diz Sophia, "é que existe um pulso do fluido cérebro-espinhal de seis a oito ciclos por minuto, e que todos os ossos do crânio, e, na outra extremidade da coluna, o osso sacro se movimentam de acordo com ele".

A fisioterapeuta revela que é possível identificar o movimento de cada osso do crânio e saber, através desses processos articulares, se o pulso craniossacral e a posição dos ossos cranianos estão saudáveis ou em um padrão de lesão.

Sensibilidade. O terapeuta craniossacral utiliza uma qualidade de toque que permite reconhecer e alterar o ritmo desse pulso e também o ajuste dos ossos cranianos para correção de lesões. Por isso, segundo Sophia, é preciso muita cautela, pois alguns profissionais não formados estariam oferecendo essa técnica.

"Esse é um trabalho altamente especializado, que necessita de muito estudo, boa compreensão dos sistemas corpóreos, adquiridos não somente durante a formação, mas em outros cursos da área de saúde como a fisioterapia. A formação da pessoa que está oferecendo o trabalho deve preencher esses requisitos", alerta a especialista.

A terapia não tem contraindicações. Todas as pessoas podem se beneficiar dessa técnica, "mas existem alguns toques que não podem ser realizados em algumas pessoas, como por exemplo, as pessoas com pressão alta não podem receber toques compressores, mas podem receber toques que ajudem na drenagem dos líquidos. Cabe ao terapeuta realizar a anamnese de forma correta perguntando sobre os antecedentes pessoais e avaliando a melhor abordagem", avalia Sophia.

Casos. Débora Santos, 37, dentista, relata que tinha dores de cabeça fortíssimas e não havia nada que desse alívio. "Por sugestão de uma terapeuta holística, procurei um profissional credenciado em craniossacral. Em um mês, fazendo sessões semanais, fiquei livre das dores".

Por sua vez, o motorista Élcio Rodrigues, 58, conseguiu através dessa técnica minimizar em quase 80% as dores insuportáveis na coluna cervical.

Serviço: Mais informações pelo telefone (31) 3344-7483 ou sophia@rolfing.com.br



ORIGEM
Preocupação em aliviar dores e desconfortos
A terapia craniossacral está baseada em estudos pioneiros do osteopata norte-americano William Sutherland, no início do século XX (1873-1954).

Desde a sua inscrição na escola de medicina em 1898, ele começou a investigar a função mecânica do corpo e a identificar a anatomia do fluxo do líquido do crânio, a textura dos tecidos e a compressão dos ossos.

Posteriormente, na década de 70, os médicos John Upledger e James Jealous introduziram uma nova abordagem: a biodinâmica, que regula o funcionamento do sistema nervoso central, por meio de toques leves e manipulações não invasivas em tecidos e fluidos corporais. No Brasil, a técnica é praticada desde 1980.